quarta-feira, 2 de julho de 2008

Memórias que falam ao coração

Texto: Tati Domiciano

Passei por um período de improdutividade. Falta de criatividade. Nada. Nem uma letra, nem um pensamento. Nem uma folheada naquele livro de filosofia de cabeceira. Nadinha. Foi um mês difícil. Talvez agora, que já passou, eu consiga entender o porquê. No mesmo mês do ano passado eu perdi uma pessoa muito querida. Faz um ano. E parece que foi ontem.

Na verdade, não gostaria de resgatar a dor e a tristeza que senti. Resolvi escrever – e desta vez com caneta em punho – sobre como é bom lembrar das coisas boas que acontecem na vida ou das pessoas que deixam memórias inabaláveis. Relembrar bons momentos. Com a Dona Cida foi assim. É assim. Como se ainda pudesse ouvir aquela gargalhada inocente ou o barulhinho de seus chinelos se arrastando pelo corredor do apartamento. Sua meiguice, sua doçura. Lembro também da caixinha de jóias dada como presente pelo meu aniversário. Quanto valor guarda esta caixinha de veludo em formato de um coração. Coisas simples, caras, que falam ao coração.

Resolvi fazer este post para explicar meu desaparecimento e dizer que estou de volta. Como este é um espaço livre e aberto, tenho certeza que o Diego vai entender. Gosto de terminar com Nietzsche, mas, desta vez, vou citar uma frase que li recentemente:

“Quem olha para fora sonha. Quem olha para dentro desperta”, Carl Gustv Jung.

É isso aí. Estou de volta.

2 comentários:

Unknown disse...

Eh! Tati! Olhar para dentro de si, talvez seja, um dos maiores desafios da atualidade. Embora, curta bastante fazer esse exercício de introspecção e reflexão.

Beijos e espero que o desabafo tenha feito bem a você.

diego sieg disse...

tatinha, tatinha... a cada dia aprendo mais e mais com vc!rs.

lindas palavras viu?

viva o seu retorno... agora, ainda mais despertado!rs.

beijos

saudade