sexta-feira, 9 de maio de 2008

O mercado de luxo e os relés mortais

Texto: Daniel Faria
IDÉIAS
Ao folhear as páginas de uma Daslu (revista) tentei imaginar qual seria a reação de um relés mortal, ao tomar os primeiros contatos, com o fascinante e perigoso mercado de luxo.

O conteúdo apresentado dispara informações em várias direções. Para uns, o simples fetiche de folhear já causa o orgasmo necessário. Em resumo, ilustra um cenário. Mas, há aqueles que irão vislumbrar como a tábua de salvação, a escritura sagrada; o alfa e o Omega de sua própria existência.

Surto, pasmo, espasmo, orgasmo, luxuria, inveja, ganância e principalmente desejo incontrolável pelos bens e pelo status apresentado nas páginas da volumosa, suntuosa e colorida publicação.

Na mente de uma adolescente com certeza a revista deve causar viagens alucinantes. Até porque os corpos vendem a sedução do bem vestir, do bem estar, do bem viver, ou seja, divas que ao invés de estarem nas telas dos cinemas, habitam o imaginário luxuoso das passarelas da moda.

O que aconteceria com a Amélia? Aquela que era mulher de verdade. Com certeza desceria do salto, deixaria seus tamanquinhos surrados de lado e encararia um processo de transformação, que começaria com a troca do marido e terminaria com um passeio descontraído pelas ruas de qualquer cidade do país. Nas mãos uma sacola Prada.

Parece brincadeira, mas a questão do status nos dias atuais é algo bastante complicado. Pois ao mesmo tempo em que inclui, exclui aqueles que não preenchem os tais requisitos oficiais necessários.

Por fim, em que mundo você vive?

Um comentário:

Marilia Salla disse...

Eu vivo do mundo das contas atrasadas.